Um dos possíveis danos deixados pelo acidente vascular cerebral (AVC) são problemas de memória. Agora, pesquisadores sugerem que o efeito contrário também pode acontecer: lapsos de memória podem indicar que o indivíduo possui um risco alto de sofrer um derrame.
A conclusão faz parte de um estudo feito na Universidade de Roterdã, na Holanda, e publicado, no dia 11 de dezembro, na revista científica Stroke. A pesquisa se baseou nos dados de 9 152 pessoas com mais de 55 anos que foram submetidas a testes de memória e de saúde mental entre os anos de 1990 e 1993 e novamente entre 2000 e 2001.
Desde o início do estudo e até 2012, houve 1 134 casos de AVC entre os participantes. Os pesquisadores observaram uma relação entre queixas de problemas de memória e probabilidade mais elevada de derrame nos anos seguintes. Surpreendentemente, o maior risco, de 38%, foi observado entre pessoas com os maiores níveis de escolaridade.
“Pesquisas futuras poderão confirmar nossa conclusão, e então as pessoas com queixas sobre mudanças em sua memória passarão a ser consideradas como um grupo de risco para derrame cerebral no futuro”, diz Arfan Ikram, professor de neuroepidemiologia da Universidade de Roterdã e coordenador do estudo.
Fonte: Veja