Presidente da Rede Brasil AVC explica e fala sobre sinais para identificar o problema.
Tudo transcorreu bem na gestação da advogada e pedagoga Danielly Stefany Generozo, moradora da cidade de Betim, em Minas Gerais. Ela fez todos os exames pré-natal – os quais não constaram nenhuma alteração e, com 38 semanas, de parto natural, nasceu saudável a pequena Emanuelly, hoje com cinco anos. Com o passar dos meses, porém, a mãe percebeu que algo não estava normal. “Fui observando que a mão direita dela ficava muito fechada e me acendeu um alerta. A levei em seis médicos e todos me disseram que era comum uma criança ficar com a mão fechada. Mas como mãe, sabia que tinha alguma coisa errada”, conta. Ao ir ao neuropediatra e fazer uma ressonância magnética na bebê, o médico informou que havia um insulto isquêmico antigo, já cicatrizado e que a menina sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) intra-útero.
“Naquele momento o nosso chão se abriu, ficamos totalmente desorientados, porque nunca tínhamos ouvido falar desse tipo de AVC. Chorei durante uma semana de desespero, pois não sabia o que nos esperava”, lembra Danielly. Emanuelly, em função do diagnóstico precoce e de ter seguido as recomendações médicas, consegue realizar todas as atividades neurológicas e motoras, no entanto, a mãozinha direita ficou afetada.
O AVC perinatal ocorre desde o período fetal; intra-útero, até o primeiro mês de vida e, na maioria das vezes, não é possível definir quando ocorreu o evento vascular, chamado de AVC perinatal presumido; e o AVC neonatal, do nascimento até o 28º dia de vida.
A presidente da Rede Brasil AVC, Dra. Sheila Cristina Ouriques Martins, que também preside a World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC), explica que assim como no AVC em adultos, é uma condição em que o fluxo sanguíneo é interrompido em alguma área do cérebro, normalmente por um coágulo ou pelo rompimento de um vaso sanguíneo. “O AVC intra-útero pode estar relacionado com certas condições maternas, como histórico de infertilidade, pré-eclâmpsia, corioamnionite ou infecção intra-amniótica aguda, mas, em contrapartida, há causas indeterminadas e cerca de 1/3 dos casos não é possível identificar” fala a especialista.
A neurologista ressalta que os pais precisam estar atentos ao desenvolvimento da criança. Os sinais de um AVC infantil incluem convulsões ou contrações musculares em apenas um lado do corpo; fraqueza muscular, em que, geralmente, é notado que o bebê tem preferência por usar uma das mãos – o que não é normal para a idade e pode ser decorrente de alguma paresia (diminuição da força) -; e atraso na fala ou no engatinhar. “Na maioria dos casos, descobrimos que o paciente teve um AVC por conta de atrasos no desenvolvimento motor, então, é de suma importância que os responsáveis prestem atenção se a criança está demorando para andar, se ela fica muito tempo com as mãos fechadas ou se há algum atraso para começar a falar”, pontua.
Além do diagnóstico e tratamento, a especialista conclui salientando que “é de extrema importância a investigação para prevenir a recorrência do AVC”.
Sobre a Rede Brasil AVC
A Rede Brasil AVC é uma organização não governamental criada em 2008 com a finalidade de melhorar a assistência multidisciplinar ao paciente com AVC em todo o país. É formada por profissionais de diversas áreas que, unidos, lutam para diminuir o número de casos da doença, melhorar o atendimento pré-hospitalar e hospitalar ao paciente, melhorar a prevenção ao AVC, propiciar a reabilitação precoce e reintegração social. Mais informações no site https://www.redebrasilavc.org.br/.
Sobre a World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC)
A World Stroke Organization (Organização Mundial do AVC) é o único órgão global voltado exclusivamente para o AVC. Com cerca de 3.000 membros individuais e 90 membros da sociedade em todas as regiões do mundo, representa mais de 55.000 especialistas em AVC em ambientes clínicos, de pesquisa e comunitários.
Mais informações em world-stroke.org.
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