Durante o inverno, há uma tendência para aumento dos casos. Isso acontece porque, no frio, os vasos sanguíneos se contraem e a circulação pode ficar comprometida. Além da vasoconstrição, os alimentos mais gordurosos e calóricos – consumidos principalmente nos dias frios – contribuem para o espessamento do sangue e entupimento das veias, dificultando a circulação sanguínea. Uma combinação perigosa que aumenta o risco deAVC.
Apesar dos números alarmantes, os medicamentos e tratamentos estão cada vez mais eficientes. E se o diagnóstico e o primeiro atendimento forem feitos com rapidez, as chances de o paciente sair ileso são grandes. Os especialistas recomendam reconhecer os sinais e sintomas e saber o horário exato que eles começaram. O AVC tem a mesma urgência de atendimento que um infarto ou o politrauma.
Como ocorre
O Acidente Vascular Cerebral pode ser isquêmico ou hemorrágico. No caso do AVC isquêmico, há falta de circulação sanguínea numa área do cérebro. Uma ou mais artérias são obstruídas por um coágulo ou placas de gordura que se aglomeraram ao longo da vida. É mais frequente em idosos, a partir dos 60 anos, que tenham hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado e nos fumantes.
Já o hemorrágico é causado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo. Os principais fatores são a hipertensão arterial e aneurismas cerebrais (espécie de bexiga que se forma ao redor de artérias enfraquecidas). Pode ocorrer em pessoas mais jovens e nos casos de traumatismo craniano.
Fatores de risco
É possível manter todos os fatores de risco para o AVC sob controle, com exceção da idade, sexo e da herança genética. A hipertensão arterial é a principal causa de AVC. Outros vilões são o diabetes e o tabagismo. A obesidade, o sedentarismo e o consumo excessivo de álcool também estão na lista de perigo.
Ao manter uma alimentação balanceada e hábitos saudáveis como uma caminhada diária, a cessação do tabagismo e do consumo de álcool, já é possível diminuir o risco de AVC. Para completar a prevenção é preciso controlar rigorosamente a hipertensão arterial e o nível de colesterol.
Atenção aos sinais
Quanto mais rápido for o diagnóstico de AVC, maiores são as chances de amenizar as sequelas, uma vez que não é possível interromper o derrame.
Os sinais são súbitos e podem ser isolados ou combinados. Os principais sintomas são:
- Enfraquecimento, adormecimento ou paralização da face, braço ou de um lado do corpo
- Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão
- Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo as frases mais simples
- Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintamos acima descritos
- Dores de cabeça fortes e persistentes
Além desses sintomas, outros podem ocorrer devido à área do cérebro que foi atingida. Alguns são até imperceptíveis ou passageiros, como pequenas alterações na fala ou leve dormência de um braço. Mas, independentemente da intensidade e do tempo que estiveram presentes, só a avaliação médica pode descartar a suspeita de AVC.
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein