Dieta Mediterrânea reduz risco de AVC em mulheres, diz estudo

Um novo estudo norte-americano reforça o papel da dieta Mediterrânea na prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, a forma mais comum da doença. O AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade na população mundial.

A dieta Mediterrânea baseia-se num conjunto de tradições alimentares de países do mediterrâneo, como a Grécia, Itália, Espanha e Portugal. Essa dieta contempla o consumo de azeitonas e azeite de oliva, grãos inteiros (especialmente em pães e cereais, em vez de massas),  muito pouca carne vermelha, peixes e mariscos, queijos (mas pouco leite), vegetais, legumes,  frutos secos e oleaginosas. Os adeptos dessa dieta também consomem pouco açúcar, mas ingerem regularmente quantidades moderadas de vinho tinto.

As pessoas que vivem nesta área do mediterrâneo tendem a comer alimentos ricos em gordura, mas também têm uma incidência menor em doenças cardiovasculares, em comparação a outras partes do mundo.

Um estudo avaliou os efeitos da dieta Mediterrânea em mais de 133 mil mulheres norte-americanas, participantes do Estudo das Professoras da Califórnia. As professoras foram incluídas no estudo a partir do ano de 1994, e preencheram periodicamente questionários sobre seus hábitos alimentares. Os autores observaram que as mulheres que ingeriram alimentos que seguiam os padrões da dieta Mediterrânea apresentaram menores taxas de AVC, quando comparadas às mulheres que não ingeriram tais alimentos.

A pesquisadora principal do estudo, Dra. Ayesha Sherzai (neurologista da Universidade de Columbia), ressaltou que apesar das orientações das diretrizes de prevenção de AVC, as quais recomendam o consumo da dieta Mediterrânea, estima-se que menos de 1% dos adultos acima de 50 anos adotem esse padrão alimentar. A dieta Mediterrânea pode reduzir o risco de AVC isquêmico em cerca de 20%, dizem os pesquisadores.

Fonte: MedPage Today / Portal do Coração