Hábitos saudáveis reduzem pela metade o risco de AVC em mulheres

Alimentar-se corretamente, praticar exercícios, consumir álcool com moderação, ter um peso saudável e não fumar. Segundo uma pesquisa divulgada pela revista médica Neurology, em outubro passado, adotar um estilo de vida saudável pode reduzir pela metade (54%) o risco de um acidente vascular isquêmico entre o público feminino

O estudo foi realizado na Suécia, com mais de 31 mil mulheres, que tinham em média 60 anos. As participantes responderam questionário com 350 perguntas sobre alimentação e estilo de vida. A partir disso, elas foram acompanhados por dez anos.

O estudo considerou que um estilo de vida saudável incluía os seguintes fatores: beber álcool moderadamente (até três a nove doses por semana); seguir uma dieta saudável (medida pela quantidade e frequência do consumo de alimentos saudáveis e não saudáveis); praticar atividade física (pelo menos 40 minutos de exercícios aeróbicos por dia e uma hora de atividades de força por semana); manter um peso saudável (com IMC de até 25); e não fumar.

Entre as participantes do estudo, apenas 589 (ou 1,8%) apresentavam todos esses fatores de estilo de vida saudável. Por outro lado, 1.535 (4,8%) mulheres não mantinham nenhum desses cinco hábitos.

A pesquisa mostrou que cada fator de vida saudável é capaz de, sozinho, diminuir o risco de sofrer um derrame. Seguir uma dieta correta, por exemplo, contribui com uma redução de 13% desse risco, enquanto não fumar evita 17% dos casos de AVC em um período de dez anos, por exemplo.

Já a prática de atividade física pode prevenir 9% dos derrames. Além disso, segundo o estudo, todos os cinco hábitos, juntos, reduzem em 54% o risco de AVC em mulheres em comparação com não apresentar nenhum desses fatores.

Segundo Susanna Larsson, pesquisadora do Instituto Karolinska, na Suécia, e coordenadora do estudo, a prevenção é essencial pelo fato de as consequências de um derrame serem devastadoras e irreversíveis muitas vezes. “Os nossos resultados são animadores pois indicam que dieta e estilo de vida saudáveis podem reduzir o risco do problema substancialmente, e esses fatores são escolhas que as pessoas podem fazer ou então melhorar”, declarou.

Fonte: Veja